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A mostrar mensagens de 2016

Reflexão

Fico receoso em relação ao futuro da cultura quando vejo tantos adultos sentados à mesa do café, nos transportes públicos, um pouco por todo o lado, a jogar desenfreadamente nos seus smartphones e tablets. Dá a sensação que o livro está em vias de extinção.

Sucesso

Para muitos a busca de sucesso prende-se apenas com a realização financeira e profissional, quando na realidade o verdadeiro sucesso só pode ser alcançado quando todas as áreas da sua vida atingiram esse topo. Financeiro e profissional claro, mas sucesso familiar, uma família plena; sucesso na saúde, com vitalidade e energia a rodos; sucesso espiritual, quer siga um credo específico ou não, é um dos pontos chaves; sucesso nos relacionamentos, sem os quais não se pode estar completo.  Sucesso é muito mais do que money, money. Sem as áreas atrás referidas estarem completas o sucesso simplesmente financeiro não passará só de uma fachada, a verdadeira felicidade não existirá.

O valor da História nos nossos tempos

Vivemos numa época em que o tempo corre mais rápido do que nunca, as solicitações do dia a dia são crescentes. Desde tenra idade se sai de casa muito cedo e se chega muito tarde, deixando pouco espaço tanto a adultos como a crianças para o lazer, para o explorar outras áreas do conhecimento. Essa demanda constante leva a que algumas disciplinas sejam relegadas para segundo plano. Temos o exemplo da História. Para muitos esta, à primeira vista, não parece fundamental, mas é um pilar da sociedade, sobretudo de sociedades livres e que assim queiram continuar. É urgente conhecer a nossa História. Como se costuma dizer, quem faz a História são os vencedores, e acredito que em certa medida assim seja, contudo há factos que são inegáveis, acontecimentos que no decorrer dos tempos se foram verificando e que levaram ao colapso de civilizações. Catástrofes que poderiam ser evitadas se o povo fosse mais culto a esse nível e tivesse bem presente acontecimentos históricos, por vezes, muito rec

Vivemos numa época de paz, parece mentira, mas é verdade.

Vivemos numa das épocas mais pacificas de toda a história da humanidade, por muito estranhas que pareçam estas palavras é verdade. Nunca houve tão poucos conflitos armados, nunca houve tanta paz, nunca os povos foram tão tolerantes e nunca os seres humanos tiveram tanto acesso à cultura, que é a principal arma contra a ignorância, contra regimes totalitários, contra a própria guerra. O que faz parecer com que o parágrafo acima seja absurdo é o facto de hoje nos entrar pelas casas dentro, e não só em casa, mas em qualquer lugar, uma torrente de informação como nunca antes. Ou seja, enquanto no passado sabíamos das notícias trágicas por um ou outro jornal de maior tiragem, ou por um amigo, hoje essa tragédia chega-nos aumentada pela repetição constante dos orgãos de comunicação social e muito mais ainda pelas redes sociais. Tragédia essa muitas vezes caseira, sem impacto comunitário e muito menos mundial, mas explorada como se assim fosse. O mais detraído dirá que vivemos num

A moda das cesarianas

O aumento das cirurgias na hora do parto não é assunto novo, mas cada vez mais vem à baila, pois tem aumentado em todo o mundo, apesar dos alertas. Recentemente, saiu no jornal Expresso um artigo que aborda esta temática, datado de 20 de junho, intitulado: Mitos e verdades do parto por cesariana. Nele se esbatem as razões que levam maioritariamente à cirurgia para o parto. Uma boa parte é escolha da própria mãe, que julga assim causar menos sofrimento à criança e que ela própria irá sofrer menos, mas ledo engano, pois esse tipo de parto trará muito mais complicações, tanto para a mãe como para a criança (ver imagem abaixo). Muitas mulheres na tentativa de fugir à dor, ao medo, e por julgarem que esse menor sofrimento trará benefício também à criança optam por essa modalidade, muitas vezes apoiadas pelos médicos, sobretudo do setor privado, pois assim terão um parto agendado, evitando o “transtorno” de ter de se deslocar ao hospital durante a noite ou ao fim-de-semana.  Em Port

Chegou a nossa vez

Novamente o futebol no post semanal deste blog, mas justifica-se, a nação portuguesa está em suspenso, a viver um momento único, o alcance de uma final do campeonato europeu de futebol. Este feito é ainda mais grandioso do que quando em 2004 atingimos essa mesma fase, mas nessa altura tínhamos a vantagem de jogar em casa que é sempre um estímulo extra, e o apoio nesse ano foi uma coisa de outro mundo, com bandeiras em todas as janelas e um sentimento de união nunca antes visto. Infelizmente, a frieza dos gregos levou a melhor e ficamos às portas da máxima comemoração. Este ano será diferente, o apoio continua extraordinário, tendo em conta que a competição ocorre no estrangeiro. Os emigrantes e todos os turistas futebolísticos portugueses têm dado apoio incondicional, assim como todos os que permaneceram no país mas mostram o seu fervor através das redes sociais. Este ano temos de fazer das tripas coração, vamos competir não só contra uma das melhores seleções do mundo, como o

O ser português

Em pleno Euro 2016 e em todo o seu esplendor o povo une-se abraçado à bandeira das quinas a sofrer e a festejar com a seleção nacional. Mais do que nunca se sente a união de uma nação quase milenar, se percebe de onde viemos, a nossa história e a nossa fibra. Mas é também nestas altura que o povo oscila entre a euforia desmedida do "somos os maiores" e a critica acutilante e desesperada do "é sempre a mesma coisa". É este misto de sentimentos que também nos caracteriza, num momento eleva-se ao sétimo céu o dito melhor jogador do mundo e no seguinte já se espezinha o mesmo só porque falhou uma bola certa, e meu menino, não há quem o salve da acutilância, da critica irrefletida daqueles que têm o sangue a ferver. Não sou sociólogo, mas muito há a estudar nestes campeonatos da Europa. Um jogo que pode movimentar a economia, que pode trazer confiança a um povo que cresce com o fado no goto, com a fatalidade sempre presente, o medo de não conseguir. Mas por outro la

Brexit ou o princípio do fim

A partir do dia de hoje a Europa não voltará a ser a mesma. Os britânicos, na sua maioria, ainda que por pequena escala, decidiram que não querem mais fazer parte desta união. Não só os habitantes do Reino Unido, como a restante Europa a 27 está expectante sobre que tempos se avizinham. Vive-se atualmente muita tensão a nível mundial e europeu, seja pelos conflitos económicos, pelo terrorismo, ou pelas vagas nunca vistas de imigração. Uma solução é urgente. Na segunda metade da década de 60, do século passado, e ainda sobre as feridas abertas da segunda grande guerra, seis países uniram-se na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, que viria a originar mais tarde a União Europeia, e que em certa medida nasceu para evitar conflitos armados como o que na altura havia arrasado a Europa, pela segunda vez no mesmo século. Uma boa parte dos britânicos nunca foram adeptos desta união, senão veja-se, logo em 1975, dois anos após a sua adesão, foi feito o primeiro referendo, ten