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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2005

Portugal nuclear

Há já alguns dias tivemos conhecimento que o empresário português Patrick Monteiro de Barros ia propor ao Governo a instalação de uma central nuclear em Portugal. Inicialmente, ao consultar um jornal on-line, pensei ter lido mal, mas depois de reler a notícia várias vezes cai em mim. Estupefacto por tão grande barbaridade acalmou-me a ideia de que tal absurdo não poderá jamais seguir em frente. Existem demasiados contras que só por si têm que abortar esta ideia à nascença. Em primeiro lugar, e sem ordem de preferência, temos o elevado investimento que teria que ser feito, sobretudo para um pequeno país como o nosso e estando dependentes da tecnologia estrangeira. Em segundo lugar, existe o perigo de gravíssimos acidentes, basta recordar as tragédias de Chernobyl, na actual Ucrânia, e de Three Mile Island, nos Estados Unidos da América. Já para não falar do apetite das facções terroristas por estas instalações. Se bem que neste último ponto não haverá que preocupar, pois somos demasiada

Portugueses e o atentado

Lê-se num jornal de gabarito nacional o seguinte título: Londres: cidadão ferido que se suspeitava ser português é colombiano . Que alívio, afinal não era português, mas sim colombiano, o desgraçado. Morreram 50 pessoas, mais de 700 ficaram feridas, mas nenhuma era deste nosso Portugal, assim durmo mais descansado. Que se passa com este nacionalismo exacerbado que até nas desgraças deixa transparecer a sua maleita. Será possível que haja gente que se preocupe com a presença de portugueses numa tragédia deste calibre, a ponto de lhe dar destaque constante nas primeiras páginas dos noticiários. Morreu gente, gente como eu, como nós, que independentemente da nacionalidade eram seres humanos, não interessa saber a nacionalidade, o sexo, a religião ou outro, eram pessoas que faleceram estupidamente fruto dos nossos tempos e das políticas que hoje vigoram um pouco por todo o planeta. Será que os jornalistas não têm mais assunto para escrever, ficando a especular em temas fúteis e de interes