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Recentemente, a tão aclamada atleta norte-americana Marion Jones brindou-me com um balde de água fria, quando ao ler uma notícia fiquei atónito por saber que a poderosa velocista, imbatível nos finais da década passada e início desta, tomava substâncias dopantes.
Nada que me surpreenda em atletas de topo, onde para se atingir determinadas metas ou se é um fora de série, um prodígio, ou então só com um empurãozinho da química.
Muitos outros têm sido apanhados nas malhas do doping, já sem surpresa para mim, mas a Marion Jones era especial. Pois quando nos meus tempos de atletismo a via correr era uma autêntica fonte de inspiração, até porque fazia as mesmas modalidades: 100m; 200m e 4 x 100m.
É pena que o poder, a ânsia de glória, sejam mais fortes do que a seriedade.
Quando o desporto, no geral, se torna um negócio, os atletas são simplesmente peças em cima do tabuleiro.
Nota: Na fotografia, Jogos Olimpicos de Sydney, vitória nos 100m.
(fotografia: Tony Feder)
Comentários
Veja os exemplos mais recentes: na UEFA permitiu-se a participação de uma equipa que foi penalizada no seu campeonato por envolvimento em actividades menos lícitas e esta foi campeã europeia. Falo do AC Milan; este ano, na F1, uma equipa perde os pontos todos e paga uma multa por espionagem industrial; no fundo, ao carro deles juntaram o que de melhor a equipa adversária de melhor tinha; falo da McClaren... fiquei foi sempre na dúvida: se os carros são a soma do melhor que hã e em mais de 50% da Ferrari, os pilotos da McClaren não foram directamente beneficiados com tal conduta? Foram penalizados? Nada!
Já agora uma vergonha, mas mais uma vez é a sociedade a trocidar pessoas.
Um abraço
JOY
Eu, brincando com o pseudónimo que resolvi adoptar, estou "atarantinado".
Comecei, indeciso, com este projecto pelo mero gozo da escrita. E porque tenho um ou outro "bichinho" a roer aqui dentro.
Circunstâncias várias levaram a que só neste meio de comunicação pudesse dar azo à veia da escrita.
Adoptei uma linha de rumo e avancei decidido. Procurando ser equidistante nas análises, mas não me inibindo de as dar.
Umas das críticas mais recorrentes que me têm feito (pelos mais variados meios) é a de que valorizo e destaco essencialmente o que de mau se faz. Especialmente na política.
Costumo responder a brincar que para destacar o bom (que também o há) os políticos têm os assessores.
Não precisam da minha ajuda.
Aliás, já por lá passei e por isso sinto-me relativamente à vontade para o dizer.
Em Agosto tive a primeira prova de que a blogosfera também é um espaço de amizade e solidariedade dado que, na minha ausência em férias, contei com a prestimosa ajuda e colaboração do Tiago R. Cardoso para me assegurar o expediente.
Recentemente, consegui convecê-lo a juntar-se a este projecto.
Almejei ainda unir a minha voz à da Silêncio Culpado.
Foi um enorme passo em frente que se deu neste projecto.
Vieram, os novos autores, enriquecer as perspectivas, as formas de escrita, de temas e de análise.
Provou-se, mais uma vez, que aqui se está mesmo ante um espaço de liberdade. De opinião, essencialmente.
Ontem atingiu-se, até ao momento presente, o ponto mais alto de participações efectivas neste blogue.
Registo esse facto com apreço. Aghradeço a cada um dos que cá vieram que o tenham feito.
Mas muito particularmente que tenham comentado.
Porque é para isso que escrevemos. Para que as pessoas reajam. Se ergam, se sintam motivadas a escrever, a dizer que sim e que não, porque entendem que deve ser desta forma e não daquela.
Não sei se iremos conseguir manter o nível maciço (pelo menos para este blogue) de comentários, mas gostaria que tal acontecesse.
Porque só assim saberemos que estamos a mexer com as consciências.
E que, apesar de tudo, as pessoas sentem que a sua opinião pode marcar a diferença. E que também a política pela política pode ser uma forma de estar, uma arte nobre, pois devia ser através dela que se edificaria um mundo melhor.
Obrigado a todos e voltem sempre. Mas, àqueles que ainda não se atreveram a comentar, aqui façam-no.
Como puderam ver ontem, aqui são todos bem recebidos.
Mesmo aqueles que venham com cantigas de escárnio e mal-dizer.
É que, para esses, e apenas me recordo de um tal Machado, há sempre resposta à altura.
Um abraço