Infeliz aquele que se diz amigo, mas que na realidade não passa de um mero conhecido. Infeliz, pelo facto de na sua ausência não se aperceber da beleza da partilha descomplicada, do amor que flui no gesto amigo, descomprometido. Infeliz, por reprimir o sorriso àqueles que seriam os primeiros a retribuí-lo. Infelizes, por procurarem em parte incerta a felicidade.
Cada um tem a liberdade de semear aquilo que pretender, contudo, se semear trigo não poderá esperar colher centeio; se semear batatas não poderá esperar colher cenouras. Cada um semeia o que quer, mas colherá inevitavelmente o que semeou. É a tão badalada lei do karma, ação, consequência. Todas as nossas ações geram uma consequência. Toda a onda que emitirmos virá reforçada para nós. Muitos não aceitam este facto pela simples crença de que esta vida é única, mas ela não passa de um lampejo na eternidade do espírito. O karma não está limitado a uma encarnação, razão pela qual a consequência de determinada ação, muitas vezes, só se dá na encarnação seguinte. Nada fica por saldar na caminhada da depuração do espírito rumo a dimensões superiores. A vida deve ser vivida com intensidade no campo da fraternidade, da ética, da solidariedade, do respeito, da entreajuda. Só assim poderemos rumar mais rapidamente a um patamar de desapego da matéria, ruma a uma Nova Terra. Nova Terra...
Comentários