A felicidade de um indivíduo está relacionada com as condições e vivências do seu passado. Não se pode, portanto, exigir a uma pessoa que seja feliz ou que é fácil sê-lo, quando a pessoa que o afirma não teve o mesmo passado, o mesmo percurso, as mesma vivências, por vezes traumatizantes desde a infância. Há que haver essa compreensão. Não querendo com isto dizer que se deva desistir do caminho da felicidade, esse é o único caminho. E ela costuma estar nas coisas mais simples.
Cada um tem a liberdade de semear aquilo que pretender, contudo, se semear trigo não poderá esperar colher centeio; se semear batatas não poderá esperar colher cenouras. Cada um semeia o que quer, mas colherá inevitavelmente o que semeou. É a tão badalada lei do karma, ação, consequência. Todas as nossas ações geram uma consequência. Toda a onda que emitirmos virá reforçada para nós. Muitos não aceitam este facto pela simples crença de que esta vida é única, mas ela não passa de um lampejo na eternidade do espírito. O karma não está limitado a uma encarnação, razão pela qual a consequência de determinada ação, muitas vezes, só se dá na encarnação seguinte. Nada fica por saldar na caminhada da depuração do espírito rumo a dimensões superiores. A vida deve ser vivida com intensidade no campo da fraternidade, da ética, da solidariedade, do respeito, da entreajuda. Só assim poderemos rumar mais rapidamente a um patamar de desapego da matéria, ruma a uma Nova Terra. Nova Terra...
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