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Estás satisfeito com a forma como levas a tua vida?



Se a resposta é um sincero "sim", então os meus sinceros parabéns, pois fazes parte de uma pequena falange da população. Pelo contrário, se a resposta é "não" pergunto eu: "De que é que estás à espera?!"
A grande maioria dos indivíduos vive uma vida que não pretende, insatisfatória, ou pelo menos não realizada na sua plenitude. Infeliz e incompreensivelmente essa situação não é suficiente para despoletar uma mudança.
Não que estejam insatisfeitos com a sua actividade, o seu emprego, mas por outro lado o mesmo também não os satisfaz, não os realiza. Passa-se uma vida a trabalhar várias horas por dia, insatisfeito, em prol de uma promoção que resultará em mais uma ou duas horas de trabalho diário.
O medo e a insegurança serão apontados como os principais obstáculos à mudança. O medo paralisa uma sociedade, dando lucro àqueles que o usam de forma manipuladora.
Vivemos na era da insegurança e do pavor: é o terrorismo; a gripe das aves; a crise; as despesas; a insegurança urbana; o desemprego; a solidão; até o medo de ser verdadeiro e lutar pela auto realização.
Uma espécie de pandemia apoderou-se das mentes, veiculada sobretudo pelos meios de comunicação social, em especial a televisão, essa manipuladora.
Vive-se na letargia: acordar de madrugada; sair de casa sem pequeno-almoço; enfrentar o trânsito enquanto se leva os filhos à escola; chegar atrasado ao trabalho; preocupações e pressões laborais; meia-hora de almoço num qualquer balcão, em pé, num ambiente saturado de fumo; mais trabalho insatisfatório; regresso a casa; mais trânsito; filhos aos berros; preparar o jantar; televisão (desgraças e novelas); cama; insónia; e um novo dia.
Certa e felizmente algumas almas não vivem dessa forma.
Sim, a mudança não é fácil, mas uma vida inteira inerte, com a sensação de que não estamos a cumprir aquilo que gostaríamos de levar a cabo ainda é mais insuportável.
Pena é que muitos só se apercebam quando é demasiado tarde: sentados num banco de jardim, numa tarde de Outono, enquanto as folhas amarelecidas caem e se aproxima o Inverno da vida.

"Sem saber exactamente por que estou aqui, e aquilo que quero fazer, limito-me a fazer as coisas que a maioria das pessoas faz" (In. O Café dos Porquês de John P. Strelecky, editora Sinais de Fogo)

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