Faz hoje 33 anos que Portugal se libertou da ditadura salazarista. É sem dúvida uma data a assinalar. Homens e mulheres que em prol da liberdade lutaram por um futuro melhor, arriscando as suas próprias vidas. Uns heróis.
Após três décadas o acontecimento ainda se comemora com emoção, mas para muitos é algo distante e impreciso. Alguns colocarão a seguinte questão: “Terá o 25 de Abril libertado o povo?”. Sem dúvida que existe uma autonomia que no Estado Novo não era possível e devemos dar graças por essa data, mas onde está a verdadeira liberdade? Vivemos num Portugal escravo, sujeito a uma repressão e uma política que se diz liberal, mas que na verdade é na maioria das vezes inimiga do povo.
Da ditadura passou-se a um regime que não se pode chamar de democrático, pelo facto de não o ser para todos. Nunca se viu tanta insatisfação, tanta crítica, tanto desânimo e falta de crença nas políticas que nos governam. Os próprios políticos não fazem mais do que criticar a oposição, escondendo as suas faltas com os defeitos dos outros.
Portugal precisa de uma verdadeira revolução, uma revolta consciente, que mais uma vez só o povo pode encetar.
São necessárias condições para se viver em regime liberal e uma delas é o respeito pelo empregado, pelo elo fundamental do desenvolvimento. Enquanto as entidades patronais deste país continuarem a tratar o seu pessoal como números, não respeitando o homem que existe para além do funcionário, não existirá liberdade possível.
Cabe ao cidadão manifestar-se, não se deixar pisar, olhar olhos nos olhos o opressor e demonstrar a sua força. Só com este tipo de atitude se atingirá o lema: “o povo unido jamais será vencido”. O medo, esse não pode existir, pois é inimigo da liberdade.
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