Avançar para o conteúdo principal

"Está tudo louco???!!!..."


«Está tudo louco???!!!... Só pode ser brincadeira!...

Almeida Santos e as faltas dos deputados:

(http://diario.iol.pt/politica/deputados-parlamento-almeida-santos/1023192-4072.html)

(http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1058362)

"Os deputados têm a sua vida profissional, não se paga aos deputados o suficiente para eles serem todos apenas deputados, sobretudo quando são profissionais do Direito ou fora do Direito. Um advogado que tem um julgamento, não pode estar na Assembleia e no julgamento ao mesmo tempo. Quanto às justificações para as faltas, é verdade que a sexta-feira é, em si própria uma justificação, porque é véspera de fim-de-semana. Eu compreendo isso. Talvez esteja errado que as votações sejam à sexta-feira. Não julguemos também que ser deputado é uma escravatura, porque não é, nem pode ser. É preciso é arranjar horas para a votação que não sejam as horas em que normalmente seja mais difícil e mais penoso estar na Assembleia da República."


Pois... pobres deputados que ganham só 3708 euros de salário-base, mais 10% para despesas de representação, entre outras regalias (ver http://www.inverbis.net/sistemapolitico/deputados-abonos-duplicam-vencimento.html)

Para qualquer trabalhador, a sexta-feira é, em si própria uma justificação para faltar ao trabalho?! Aliás, acho que tal justificação está mesmo contemplada no novo código de trabalho...

Ser deputado não pode ser uma escravatura... Escravatura é para os trabalhadores a recibos verdes, para os trabalhadores que acumulam horas em cima de horas sem a devida compensação, ou para os trabalhadores com horários tão flexíveis que não os conseguem conciliar com a vida familiar.


É, portanto, penoso estar na Assembleia da República à 6ª-feira... Pois o Sr. Dr. Almeida Santos não se apercebe o penoso que é para o vulgar cidadão ouvir frases tão deslocadas da realidade que são até ofensivas para quem, de facto, trabalha.

Luís Gonzaga Batista»


(Tive conhecimento deste texto através do amigo Miguel Gonçalves)

Comentários

Anónimo disse…
Até quando vamos nós tolerar isto? Até quando vamos nós aceitar isto? Só temos que marcar um BIG protesto, e estarmos presentes, e unidos. Se todos paramos, o país não anda! Afinal quem é que governa!?
Porra!! Estou farto disto...
Maria Antónia disse…
Sem dúvida que esta situação é uma afronta a quem, no seu dia-a-dia, trabalha arduamente para obter um mísero salário mínimo que ainda por cima, vai ser dividido por mais do que um membro familiar acrescendo a realização do pagamento de dívidas que esse agregado familiar possui. Mais grave ainda, é que somos nós que contribuímos para que esses ditos deputados, recebam os seus salários! Encontro-me extremamente indignada! São estes senhores,os exemplos de Portugal. Bom, mas sejamos optimistas, também existem exemplos contrários... talvez menos, mas têm a sua acção efectiva como exemplo. Não vou citar nomes por uma questão de preservar a minha tendência política!!! Não pretendo ser tendenciosa. :)))
Bruno Vilela disse…
Penso que na verdade eles tão pouco encaram as suas obrigações como trabalho.
Pois eles é que decidem o que fazem e quando fazem.
É muito fácil brincar à politica quando se tem muito poder, mas exercer politica e faze-lo de forma justa e correcta não é para qualquer ser vivo é só para seres humanos.
Unknown disse…
O topete da classe política, se não fosse ultrajante e vil, quase daria para rir. E o pior é que este tipo de declarações partem de um dos decanos do nosso sistema político, com a carga emblemática de a sua veterania servir, aqui, como símbolo de condescendência (e legitimação) de décadas consecutivas de uma práxis parasita, irresponsável e indecorosa da maioria dos representantes políticos da nação.

Um insulto ao português comum, aquele que cumpre horários de trabalho, que é remunerado no limiar da sobrevivência e que, pasme-se, muitas vezes até tem que trabalhar às sextas, sábados e domingos!
JOY disse…
Este tipo de discursso não me surpreende, e expressa na realidade os objectivos desta gente, ter um complemento renumerado ás suas profissões de origem sem terem de se chatear muito. Estes politicos mediocres, incompetentes,parasitas, alguns sem dúvida corruptos, já nem se dão ao trabalho de ter tento na lingua enxovalhando quem lhes paga o vencimento. Até quando vamos ter de suportar isto ?

Joy

Mensagens populares deste blogue

Delirium - Cirque du Soleil

Um autêntico Delirium foi aquilo que se passou ontem, e nos últimos dias, no Pavilhão Atlântico. Num formato divergente do habitual, Delirium surpreende pela música e efeitos visuais. Assisti ao melhor espectáculo da minha vida. Infelizes dos que não puderam assistir. Para mais informações: Cirque du Soleil

Um exemplo de gestão e ética

Imagine-se dono de uma empresa e que num acto de consciência decide viver durante um mês com o valor mensal que paga aos seus funcionários. Ao chegar ao 20.º dia já só tem € 20 na carteira. Toma então uma atitude: aumentar os ordenados em € 200. Foi exactamente o que se passou com Enzo Rossi, empresário italiano de 42 anos de idade, dono de uma fábrica de confecção de massas, em Campofilone, uma localidade com cerca de 1700 habitantes. Após a experiência, Rossi sentiu-se devastado com as condições que estava a facultar, e vai dai aumentou o ordenado de € 1000 para € 1200. Foi notícia e alvo de interesse em Itália e no mundo. Em Portugal coube à Revista Sábado a divulgação. Fica o exemplo para outros gestores e para os próprios governantes, que muito falam, que não aumentam os trabalhadores, mas não têm noção das dificuldades sentidas por aqueles que ganham ordenado mínimo ou pouco mais do que isso. Nota: o salário mínimo em Itália, há bem pouco tempo, era de € 900. Site da empresa: La ...

A vida é uma corrida

A vida é uma corrida, com várias provas, mas que têm de ser levadas de forma descontraída, contudo com foco. Ombros relaxados, elevar bem os joelhos, boa amplitude da passada e força no impacto com o solo, voando pé antes pé. E é ver cortar linhas da meta, batendo recordes pessoais amiúde.