Avançar para o conteúdo principal

Andamos perdidos.

Ao utilizar o verbo na primeira pessoa do plural não significa que sejamos todos ceguetas ao ponto de não enxergarmos um boi à frente do nariz, mas refiro-me sim à humanidade, não ao todo mas a uma grande fatia.
É certo, andamos tapados, desatentos, despreocupados. O mundo precipita-se de um penhasco e não tardará a esborrachar-se no solo rijo e impiedoso da extinção terrestre.
A cada dia que passa, inaceitáveis violações à natureza vão sendo cometidas. Ferimos de morte o nosso principal bem, a maior riqueza.
Os noticiários abafam-nos com informação saturante de casos de interesse secundário, descurando por completo aquele que será o maior desastre de sempre, caso não se tomem medidas radicais e urgentes.
O homem sempre se achou o ser supremo e não se apercebe que é só mais uma espécie entre todas as outras à face da terra, com uma particularidade, é capaz de cometer as maiores atrocidades em benefício próprio.
Nós não somos o fim da criação. O universo, a nossa galáxia, o sistema solar, o planeta terra não foram criados com o objectivo específico de nos acolher. Somos apenas mais uns que por aqui andam e que talvez, a continuar neste ritmo, já cá não estejamos dentro de alguns séculos.
Segundo Daniel Quinn, passa-se o mesmo com a humanidade do que com um louco que fabricando um veículo com asas movidas a pedais se lança de um penhasco na tentativa de voar, e na queda que se sucede julga que está a voar sem se aperceber que por muito que pedale a queda será inevitável, e então sorrindo pensa que atingiu o seu objectivo. A humanidade está igualmente iludida e não adianta somente pedalar quando o veículo que nos transporta não voa, antes pelo contrário, é atraído pela força gravitacional em direcção ao abismo.
Ainda vamos a tempo!?
(Aconselho vivamente a leitura de Ismael obra prima do fantástico Daniel Quinn.)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

O veganismo não é moda, veio para ficar!

Ouve-se por aí que 2019 é o ano do veganismo, mas é muito mais do que isso. 2019 até poderá ser o ano com mais expressão até então, mas o boom está por vir, o futuro será inevitavelmente vegan, ou não haverá futuro de todo. Não são só as estrelas de cinema, os atletas de nível mundial ou as figuras públicas, por todo o mundo há cada vez mais pessoas a adotar este estilo de vida, que vai muito além da simples alimentação. Há uma tomada de consciência larga que faz com que a mudança seja inevitável. Um ser dito lúcido e com o mínimo de inteligência basta parar e refletir sobre as suas escolhas para um processo de mudança se iniciar. Vivemos num mundo acelerado que não deixa tempo para a plena reflexão e esse é um dos problemas. A mudança pode ter início num dos seguintes pontos: Ética: não há nenhuma necessidade de infligir sofrimento e tortura aos animais para nos alimentarmos. Eles são seres sencientes e é um contrassenso dizer que se gosta dos animais mas é só de alguns, não de todos.

Bush recebe Dalai Lama

Fiquei surpreendido ao saber que o presidente norte americano havia recebido oficialmente o líder espiritual tibetano, na sua residência oficial, a Casa Branca. E como se isto não bastasse para "nos" envergonhar, ainda foi condecorado com a Medalha de Ouro do Congresso, a mais importante distinção atribuída a um civil. Para a sua atribuição é necessária uma maioria de dois terços do congresso. Nunca pensei dizê-lo, mas desta vez o Presidente Bush merece os parabéns. Ou será já campanha republicana?!

Medina Carreira disse:

"A democracia em Portugal é uma brincadeira em que ninguém é responsável por nada, não há responsáveis", afirmou Medina Carreira, salientando que "o País apenas é governado com rigor durante um ano ou um ano e meio por legislatura". No restante tempo, segundo o fiscalista, quem vence as eleições começa por tentar corrigir as promessas que fez na campanha eleitoral e, a meio do mandato, "começa a preparar as mentiras para a próxima campanha eleitoral". "Com esta gente que temos, não podemos ter muitas esperanças (quanto ao futuro)", defendeu, frisando que "as eleições ganham-se com mentiras". Medina Carreira, que falava aos jornalistas em Gaia à margem de um debate sobre a actual situação do País, defendeu que "a raiz do problema" de Portugal resulta da quebra no crescimento económico. "Durante 15 anos crescemos seis por cento ao ano, entre 1975 e 1990 crescemos quatro por cento ao ano e de 1990 para cá estam